sexta-feira, 17 de junho de 2016

Ideia, Sofismo ou sofista,

Terminei o capítulo anterior afirmando que o “Pitagorismo” influencio o “Platonismo”, e já que é assim vamos meditar um pouco sobre ele – o platonismo.

Ideia
Verbete “Ideia” da EBTF
-Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia de R.N. Chaplin, Ph.D., e de J. M. Bentes.
A raiz grega da palavra IDEIA é IDEEIN – ver – sendo sua forma nominal EIDOS.
Uma ideia é um conceito ou noção daquilo que foi visto, embora ideia não dependa exclusivamente dos nossos cinco sentidos,
Trata-se de um conceito ou formulação mental sobre algo e, com frequência, é a representação produzida pelo nosso processo pensante.
Portanto, trata-se de uma representação mental ou algo visualmente percebido ou mentalmente apreendido. Tanto pode fazer parte do processo pensante como ser a conclusão desse processo.
Na filosofia, o termo é usado em grande variedade de maneiras, incluindo a designação de entidades elevadas, não-materiais.
Abaixo damos exemplos de diversos usos da palavra:
3. Porém, Platão usava o termo ideia a fim de aludir a elevadas entidades ou arquétipos espirituais, não-materiais.
A ideia da bondade e da beleza tornaram-se o deus de Platão.
Quando usada desse modo, a ideia é sinônimo de forma ou de universal.
O céu concebido por Platão estaria repleto desses arquétipos universais ou ideias, enquanto que a criação física seria cópia dos mesmos.
Chaplin e Bentes citaram acima ‘universal’ e nos mandam ver o verbete “universais”.
Assim começa:
Universais como sinônimos, também, podemos usar os termos Ideias ou Formas.
 “ A palavra portuguesa “universais”, vem do latim “universalis,
pertinente a tudo”. EBTF
E Platão usava a palavra grega eidos, “ideia”, [já] Aristóteles preferia “katholikós”, “o todo”, termo grego correspondente ao latim “universalis”. EBTF
“O universal faz contrates com o particular”. EBTF
“A linguagem platônica (a linguagem de Platão), o universal é aquilo que pertence ao mundo transcendental, o mundo das ideias, formas ou realidades metafisicas, enquanto que os particulares são objetos deste mundo material”.
“ De acordo com seu ponto de vista (de Platão), os particulares foram criados pelo “demiurgo”, imitando os universais, ou então usando-o como padrões de sua criação material”. EBTF
A discussão sobre os universais sempre foi um dos principais problemas enfrentados pela filosofia”, ora, se assim é nesse trabalho que é para os principiantes que querem conhecer a Platão não vamos nos estender nele. 
Mais, vamos considerar que este “ideia” é o ponto de partida do Platonismo, à filosofia geral de Platão, “pois nele está explicitado a doutrina das Ideias, como o mais distintivo elemento dessa filosofia, embora, também, inclua qualquer elemento especifico de sua filosofia, ou sua filosofia emprestada a outrem”.  EBTF
“ O platonismo alicerça-se sobre a dialética de Sócrates, como método de inquirição (significado de Inquirição- s.f. Ação ou efeito de inquirir. Ação de averiguar de maneira minuciosa; pesquisar rigorosamente; indagação) ”. EBTF & http://www.dicio.com.br/
“ Sua principal característica [do platonismo] é que os objetos do pensamento (ideias, formas = noumena) são eternamente reais, em oposição aos objetos transitórios e relativamente irreais da percepção dos sentidos (phenómena) ”. EBTF
“ O homem pode obter conhecimento (epistemê) da Ideias, mas só pode atingir opiniões (doxa) acerca dos fenômenos”. EBTF
“O alvo da vida é o conhecimento da verdade e o controle dos indivíduos e da sociedade pela Razão, embora Platão, também, manifestasse pendores místicos, o platonismo tem exercido grande influência sobre o pensamento cristão”. EBTF

Um item importante antes de irmos para os estágios do platonismo ou da filosofia de Platão:
 Sofismo ou sofisma (esta segunda forma é a encontrada nos dicionários, incluídos os dicionários de filosofia) é uma palavra de origem grega -- sóphisma -- cujo significado é “fazer raciocínios capciosos”.
Sofismo é um raciocínio caviloso, capcioso, argumento ou união de argumentos que pretende conduzir a conclusões desagradáveis ou paradoxais; o sofismo é a retórica ou o pensamento de má-fé que procura induzir ao erro; é um argumento falacioso criado com a intenção de enganar; é o raciocínio que têm aparente sentido e/ou lógica; apenas aparência de verdade.
Uma definição paralela de sofismo é a ideia de unir premissas verdadeiras para alcançar uma conclusão ilógica ou irreal através da arte da retórica.
De acordo com o dicionário de filosofia, o uso da palavra sofismo é bastante vasto, indo desde os argumentos duplos até os paradoxos.             Na linguagem popular, o significado de sofismo é:
-Engano;
-Dolo;
-Logro.
Falácia e sofismo
A falácia é definida por Pedro Hispano como “a idoneidade fazendo crer que é aquilo que não é, mediante alguma visão fantástica” e “aparência sem existência”. Falácia e sofismo são palavras que podem ser usadas como sinônimas. Dentro da história da filosofia, porém, ambos os conceitos têm caminhos diferentes.
Sofismo e silogismo
Silogismo, em sua origem, tinha o significado de cálculo. Para Platão, silogismo era raciocínio em geral; para Aristóteles, o silogismo se referia a um raciocínio dedutivo perfeito. Neste sentido, silogismo e sofismo têm sentidos contrários.
Sofismo e sofística
De acordo com Aristóteles, sofística é a sabedoria que é apenas aparente, mas não real; é a habilidade de criar argumentos enganosos, capciosos. Já de acordo com Bréhier, a sofística é uma forma de ensinar e não tem sentido pejorativo.



Sofismo e sofista
A palavra sofista vem também do grego, mas em sua origem está o significado de “sabedoria” ou “sábio”, sem o sentido pejorativo.
A história dos sofistas é pouco conhecida, pois só se conhecem relatos escritos por seus inimigos. Segundo afirmam filósofos como Platão e Aristóteles, o sofista é um impostor, um demagogo. Porém, desde o final do século XIX, os historiadores têm considerado que os sofistas, na verdade, foram os fundadores da pedagogia, os mestres da arte da educação. Os sofistas se diferenciavam dos filósofos pois eram os responsáveis pela transmissão do conhecimento.
Portanto, os sofistas foram os primeiros professores pagos da história da educação; criaram inimizades com os aristocratas, que os acusavam de vender sua sophia (conhecimento) a qualquer um que pudesse pagar. O conhecimento “vendido” pelos sofistas era principalmente o da retórica; na Grécia antiga, não havia advogados; tanto a defesa quanto a acusação eram feitas pelos próprios cidadãos envolvidos; quando a arte da palavra passa a ser ensinada a qualquer pessoa que possa pagar, a aristocracia (que antes monopolizava o conhecimento da retórica) vê na figura do sofista um inimigo de seus interesses (vale lembrar que os filósofos, como Platão e Aristóteles, faziam parte da aristocracia ateniense).


Isso posto, continuemos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário