segunda-feira, 5 de junho de 2017

Tratado sobre a Polidez - Traité sur La Politesse - autor: Jorge Eduardo Garcia

Polidez é a consagração do Homem civilizado

Psychomachia (Batalha da alma):

A Fé contra o Paganismo e a Idolatria
A Castidade contra a Luxúria
A Paciência contra a Ira
A Humildade e a Esperança contra o Orgulho e o Engano
A Temperança contra a Libertinagem
A Razão e a Caridade contra a Avareza
A Unidade e a Fé contra a Discórdia chamada Heresia

Autor do poema: Aurélio Clemente Prudêncio (em latim: Aurelius Clemens Prudentius), referido comummente apenas como Prudêncio (nasceu no ano 348 -  e faleceu no ano 410 d.C. ou da e. C.), foi um poeta romano cristão nascido na província romana da Hispânia Tarraconense. É considerado o maior poeta cristão da Antiguidade tardia
Alguém, afirmou que a Polidez “ é a primeira virtude e, quem sabe, a origem de todas”.
Não é assim, pois as 7 Virtudes, ordenadas em ordem crescente de santidade, a qualidade ou característica de quem pode ser considerado santo, são:
Castidade (latim: Castitas) — opõe luxúria;
Caridade (latim: Caritas) — opõe avareza;
Temperança (latim: Temperantia) , o Autocontrole— opõe gula;
Diligência (latim: Industria) — opõe preguiça;
Paciência (latim: patientia) — opõe ira;
Bondade (latim: Benevolentia) — opõe inveja;
Humildade (latim: Humilitas) — opõe vaidade.

Não vemos aqui a Polidez, conforme afirmei.
A Polidez é o resultado da soma de todas as 7 Virtudes em seu mais amplo, mais extenso, sentido, assim:
A Caridade devemos aglutinar a Generosidade, ” despertadora do real valor do eu, a virtude em que a pessoa tem quando acrescenta algo ao próximo”, ou a Humildade a “Modéstia de não pensar menos de si mesmo, mas pensar de si mesmo menos”.
Enfim, várias referências podem ser dadas de exemplos mais amplo, mais extenso, das 7 Virtudes, entretanto fico por aqui.
Delson Jacinto Vieira. Frases, que publica textos, pensamentos, poesias no Pensador -  https://www.pensador.com/autor/delson_jacinto_vieira/ -  Coleção pessoal de DEJAVI - definiu a Polidez de uma maneira soberba:
“ A polidez é do mundo civilizado, quem não tem polidez está no mundo errado e deveria voltar para o mundo primitivo. ”
Já Jean de La Bruyère, um moralista francês do grupo heterogêneo de pensadores franceses críticos dos costumes e da (moral) dos séculos XVII e XVIII, consagrado com uma estátua na Aile Colbert, na balaustrada da Cour Napoléon, do Palácio do Louvre, como um dos “ Homens ilustres ou Homens famosos - Les Hommes illustres ou Hommes célèbres” - uma série de 86 estátuas instaladas entre 1853 e 1857, tem, também, razão quando afirma:
“A polidez nem sempre inspira a bondade, a equidade, a complacência, a gratidão; mas, pelo menos, dá-lhes a aparência e faz aparecer o homem por fora como deveria ser por dentro. ”
Não tiro a razão de Arthur Schopenhauer, um filósofo alemão, nascido em Danzig, Reino da Prússia, no dia 22 de fevereiro de 1788 e falecido em Frankfurt am Main, Reino da Prússia, no dia 21 de setembro de 1860, aos 72 anos, quando afirma:
“ Polidez é inteligência; consequentemente, impolidez é parvoíce. Criar inimigos por impolidez, de maneira desnecessária e caprichosa, é tão demente quanto pegar fogo na própria casa.”
Como, também, concordo com Débora Henrique, que publica textos, pensamentos, poesias no Pensador -  https://www.pensador.com/autor/debora_henrique/ - quando ela diz:
“A Polidez Mede-se ao Falar; O Caráter Comprova-se No Agir. ”

Para mim a Polidez é a consagração do Homem civilizado - La La politesse est la consécration de l'homme civilisé.

Se alguém não entendeu a consagração aqui tem o sentido de “ estado da pessoa que obteve notoriedade e reconhecimento de ser civilizado, a legitimação e reconhecimento do Homem como um ser civilizado”.

Porque o Ser Civilizado e dotado de Boas Maneiras, e “ as Boas Maneiras são as entranhas da Polidez” - « Les bonnes manières sont les entrailles de Politesse ».

Hoje é dizer “por favor”, obrigado”, “ com licença”, “ pedir desculpas”, etc...

E a educação vem de berço, é passada de geração em geração, de avós, de pais, aos netos e aos filhos, pois é papel dos mais velhos de um a família “ ensinar as crianças e dar a devida importância para o modo como devemos lidar com outras pessoas, uma criança que cresce vendo as boas maneiras dos mais velhos, as gentilezas e atitudes respeitosas, vai crescer e dar valor a estes gestos também em sua vida adulta. As boas maneiras impactam diretamente na forma como as outras pessoas lhe veem ou lhe tratam. ”
“ Em sua vida social, se você for mais educado, atrairá pessoas mais gentis e educadas para seu círculo de amizades. Em outras palavras: Gentileza atrai gentileza. ”
Os entre aspas acima são da lavra da dra. Olgária Mattos em “Política e politesse: cotidiano e vida urbana”, e ela tem toda razão.

Todavia para se chegar a Civilização da Humanidade como conhecemos hoje –mas, que pelo menos no Brasil, está em franco declínio – vários períodos históricos se passaram desde a Idade Antiga ou Antiguidade, da invenção da escrita (de 4 000 a.C. a 3 500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.), ou início da Idade Média ( entre os séculos V e XV), como veremos nesse Tratado, que entrego a todo aquele que se interessar pela Polidez das pessoas, palavra que em francês, La politesse , du latin politus, que na língua francesa, uma língua indo-europeia, da  família de línguas românicas, “o principal veículo do pensamento e da cultura francesa no mundo”, muito diz, já que devemos a um Soberano da França, Luís XIV, a exaltação máxima das Boas Maneiras, de La Politesse, pois:


« Les bonnes manières sont les entrailles de Politesse ».

“ As Boas Maneiras são as entranhas da Polidez”.







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