Polidez é a
consagração do Homem civilizado
Psychomachia
(Batalha da alma):
A Fé contra o
Paganismo e a Idolatria
A Castidade contra
a Luxúria
A Paciência contra
a Ira
A Humildade e a
Esperança contra o Orgulho e o Engano
A Temperança
contra a Libertinagem
A Razão e a
Caridade contra a Avareza
A Unidade e a Fé
contra a Discórdia chamada Heresia
Autor do poema: Aurélio Clemente Prudêncio (em latim:
Aurelius Clemens Prudentius), referido comummente apenas como Prudêncio (nasceu
no ano 348 - e faleceu no ano 410 d.C.
ou da e. C.), foi um poeta romano cristão nascido na província romana da
Hispânia Tarraconense. É considerado o maior poeta cristão da Antiguidade
tardia
Alguém, afirmou que a Polidez “ é a primeira virtude e, quem
sabe, a origem de todas”.
Não é assim, pois as 7 Virtudes, ordenadas em ordem
crescente de santidade, a qualidade ou característica de quem pode ser
considerado santo, são:
Castidade (latim:
Castitas) — opõe luxúria;
Caridade (latim:
Caritas) — opõe avareza;
Temperança (latim:
Temperantia) , o Autocontrole— opõe gula;
Diligência (latim:
Industria) — opõe preguiça;
Paciência (latim:
patientia) — opõe ira;
Bondade (latim:
Benevolentia) — opõe inveja;
Humildade (latim:
Humilitas) — opõe vaidade.
Não vemos aqui a Polidez, conforme afirmei.
A Polidez é o resultado da soma de todas as 7 Virtudes em
seu mais amplo, mais extenso, sentido, assim:
A Caridade devemos aglutinar a Generosidade, ” despertadora
do real valor do eu, a virtude em que a pessoa tem quando acrescenta algo ao
próximo”, ou a Humildade a “Modéstia de não pensar menos de si mesmo, mas
pensar de si mesmo menos”.
Enfim, várias referências podem ser dadas de exemplos mais amplo,
mais extenso, das 7 Virtudes, entretanto fico por aqui.
Delson Jacinto Vieira. Frases, que publica textos,
pensamentos, poesias no Pensador - https://www.pensador.com/autor/delson_jacinto_vieira/
- Coleção pessoal de DEJAVI - definiu a
Polidez de uma maneira soberba:
“ A polidez é do mundo civilizado, quem não tem polidez está
no mundo errado e deveria voltar para o mundo primitivo. ”
Já Jean de La Bruyère, um moralista francês do grupo
heterogêneo de pensadores franceses críticos dos costumes e da (moral) dos
séculos XVII e XVIII, consagrado com uma estátua na Aile Colbert, na balaustrada
da Cour Napoléon, do Palácio do Louvre, como um dos “ Homens ilustres ou Homens
famosos - Les Hommes illustres ou Hommes célèbres” - uma série de 86 estátuas
instaladas entre 1853 e 1857, tem, também, razão quando afirma:
“A polidez nem sempre inspira a bondade, a equidade, a
complacência, a gratidão; mas, pelo menos, dá-lhes a aparência e faz aparecer o
homem por fora como deveria ser por dentro. ”
Não tiro a razão de Arthur Schopenhauer, um filósofo alemão,
nascido em Danzig, Reino da Prússia, no dia 22 de fevereiro de 1788 e falecido
em Frankfurt am Main, Reino da Prússia, no dia 21 de setembro de 1860, aos 72
anos, quando afirma:
“ Polidez é inteligência; consequentemente, impolidez é
parvoíce. Criar inimigos por impolidez, de maneira desnecessária e caprichosa,
é tão demente quanto pegar fogo na própria casa.”
Como, também, concordo com Débora Henrique, que publica textos,
pensamentos, poesias no Pensador - https://www.pensador.com/autor/debora_henrique/
- quando ela diz:
“A Polidez Mede-se ao Falar; O Caráter Comprova-se No Agir.
”
Para mim a Polidez é a consagração do Homem civilizado - La La politesse est la consécration de l'homme civilisé.
Se alguém não entendeu a consagração aqui tem o sentido
de “ estado da pessoa que obteve notoriedade e reconhecimento de ser civilizado,
a legitimação e reconhecimento do Homem como um ser civilizado”.
Porque o Ser Civilizado e dotado de Boas Maneiras, e “ as
Boas Maneiras são as entranhas da Polidez” - « Les bonnes manières sont les
entrailles de Politesse ».
Hoje é dizer “por favor”, obrigado”, “ com licença”, “ pedir
desculpas”, etc...
E a educação vem de berço, é
passada de geração em geração, de avós, de pais, aos netos e aos filhos, pois é
papel dos mais velhos de um a família “ ensinar as crianças e dar a devida
importância para o modo como devemos lidar com outras pessoas, uma criança que
cresce vendo as boas maneiras dos mais velhos, as gentilezas e atitudes
respeitosas, vai crescer e dar valor a estes gestos também em sua vida adulta. As
boas maneiras impactam diretamente na forma como as outras pessoas lhe veem ou
lhe tratam. ”
“ Em sua vida social, se você
for mais educado, atrairá pessoas mais gentis e educadas para seu círculo de
amizades. Em outras palavras: Gentileza atrai gentileza. ”
Os entre aspas acima são da lavra
da dra. Olgária Mattos em “Política e politesse: cotidiano e vida urbana”, e
ela tem toda razão.
Todavia para se chegar a
Civilização da Humanidade como conhecemos hoje –mas, que pelo menos no Brasil,
está em franco declínio – vários períodos históricos se passaram desde a Idade
Antiga ou Antiguidade, da invenção da escrita (de 4 000 a.C. a 3 500 a.C.) até
a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.), ou início da Idade Média ( entre
os séculos V e XV), como veremos nesse Tratado, que entrego a todo aquele que
se interessar pela Polidez das pessoas, palavra que em francês, La politesse , du latin politus, que na língua francesa,
uma língua indo-europeia, da família de
línguas românicas, “o principal veículo do pensamento e da cultura francesa no
mundo”, muito diz, já que devemos a um Soberano da França, Luís XIV, a exaltação
máxima das Boas Maneiras, de La Politesse, pois:
« Les bonnes
manières sont les entrailles de Politesse ».
“ As Boas Maneiras
são as entranhas da Polidez”.
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